quarta-feira, 29 de abril de 2009

O soho de Cassandra


Woody Allen. Filme muito bom a respeito da ambição. Dois irmãos sonham com a mudança de vida. Um deles quer ser investidor numa rede de hotéis e o outro é um viciado em jogo que tem uma dívida enorme com um agiota. Eles contam apenas com a ajuda do tio, o único rico da família. Eles não contavam que o tio fosse pedir um favor.

Temos uma mistura de ambição com questões familiares que prende a atenção do telespectador e o torna muito interessante. Até que ponto a família deve permanecer unida?

Collin Farrel e Ewan McGregor estão ótimos! Collin Farrel definitivamente surpreende na atuação.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Lolita


Kubrick + Vladimir Nabokov (escritor de Lolita) = clássico.
O filme é de 1961 e retrata o problema da obsessão sexual. A jovem Lolita gosta de seduzir homens mais velhos e o professor Humbert se apaixonou. Ele se casa com a mãe dela para ficar mais próximo da garota. Seu sentimentos transforma- se em possessão e ele passa a querer Lolita cada vez mais pra si e cada vez menos para o mundo.

De novo vemos presente a questão das pessoas querendo manter suas aparências ma sociedade, ao passo que entre quatro paredes revelam seus lados mais sombrio, seus verdadeiros desejos.

É interessante notar que a questão da pedofilia não se mostra em primeiro plano. O que se discute mesmo são as irrealizações e obsessões amorosas dos personagens. No filme não parece, mas a protagonista do livro tem apenas 12 anos.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Contos Proibidos do Marquês de Sade


A intenção era ser yuma biografia do tão polêmico Marquês de Sade, contudo não é bem isso que acontece. Com uma literatura extremamente pornográfica, violenta e as vezes nojenta, ele foi preso duas vezes e acabou sua vida na cadeia (ou sanatório). O filme mostra a vida de Sade no sanatório, mas não é uma biografia totalmente real. Infelizmente, mesmo com toda a violência e sexo do filme, ele acabou virando uma historinha de amor.

Evidentemente ele tem seus méritos, como problematizar a sociedade hipócrita daquela época. Cada personagem tem desejos ou ações nada louváveis seguno a ética, mas mesmo assim tentam manter suas aparências. Não que isso seja diferente do que temos na sociedade contemporânea, na verdade o que muda é que no filme falamos de nobreza, clero e plebe, conceitos que mudaram de nome e força nos dias de hoje.

Enfim, é um filme meio perturbador, mas é interessante. O diretor Philip Kaufman fez um bom trabalho.

Alienação?

Hugo Chavez investiu em cinema. Numa tentativa de combater a invasão hollywoodiana no cinema mundial, ele resolveu criar sua própria indústria cinematográfica. Muitos estão se interessando pelo projeto, que ainda tem só 12 filmes, e estão indo ver seus estúdios. O que é produzido ali tem a seguinte premissa: Câmera, ação, revolução!. Dessa forma, temos filmes que apoiam a Venezuela e a chamada revolução bolivariana.

Chavez afirma que se os estadunidenses podem divulgar seus valores pelos seus filmes, os venezuelamos também podem.
A questão é: não teremos uma alienação provocada pelos 2 lados, já que cada um só vai divulgar aquilo que considera positivo em sua sociedade?

Pelo menos isso é mais inovador que a Índia, que está cada vez mais próxima de Hollywood.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Primavera, Verâo, Outono, Inverno... E Primavera


Belíssima fotografia. Um único espaço: um pequeno monastério flutuante sobre um lago e a natureza ao entorno. A vida de um velho monge e seu aprendiz.

O aprendiz é ainda muito novo e sua vida é fragmentada em 5 partes ( as estações do ano e sua repetição) dando a noção de algo cíclico. Em sua adaptação a essa vida totalmente desapegada de sentimentos e bens materias, ele esbarra em vários desafios. Desenvolve sentimentos intensos e as vezes até ingênuos demais.

O que fica é: Afinal, será que a vida sem apegos é mais fácil? Será que é o único caminho de encontrar a paz?
Fato: é muito complicado lidar com a perda, com o amor, com a raiva... Ao longo da vida precisamos aprender a "domesticar" esses sentimentos e lidar com coisas frustrantes, como o fracasso.

Algus dizem que a vida sem apegos é monótona, sem ação. E que nossa existência é muito curta para desperdiçarmos sem viver qualquer emoção forte.

Enfim, o ser humano é incompleto por natureza. A cada dia que vive adquire um novo aprendizado, mesmo que mínimo. Mesmo que voltemos ao ponto de partida não estaremos iguais. A vida nos ensina coisas e cabe a nós decidirmos qual a melhor forma de gastar nossos 90 anos (ou menos...)
O lance é acreditar em si, ser persistente e fazer aquilo que acredita. Nada de pieguices... Apenas não se importar quando dizem que você não vai conseguir porque é medíocre ou não tem competência. A VIDA É LUTA A CADA DIA.



O diretor Kim Ki-Duk fez um ótimo trabalho, ganhador de vários prêmios.
Além desses méritos ainda podemos contar com uma narrativa diferente, em que podemos contemplar a paisagem. Nada parecido com a rapidez do mundo moderno com a qual estamos acostumados.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Alphaville


Um filme de Jean-Luc Godard que problematiza a sociedade contemporânea. Nele vemos um local chamado Alphaville em que tudo é governado por um mega-computador (Alpha 60). Ele se baseia em ordens lógicas e rejeta qualquer tipo de sentimento e inovação. Todos são reféns da propabilidade e permanecem num constante presente. Não existe futuro e nem as lembranças do passado. A medida que o tempo passa, certas palavras vão sendo tiradas da língua e a população condicionada, automaticamente vai esquecendo seus significados. É o caso de "consciência", "amor", "por que"... Aqueles que não se adaptam acabam ou se matando, ou condenados a morte.

Não existem mais artistas, nem músicos, nem pintores, nem filósofos e nem ninguém que pense, que seja criativo.

A grande motriz desse "mundo diferente" é a luz. É dessa forma que o computador exerce sua influência sobre as pessoas e tem o controle de tudo que está acontecendo. Seu maior objetivo é acabar com a raça dos homens-comuns. Ele considera que os homens condicionados que ele cria e as máquinas são superiores a esses ditos homens-comuns.


Podemos notar muitas semelhanças com os livros "Admirável mundo novo" de Aldous Huxley e "1984" de Geroge Orwell.

"Tecnologia avança a ponto de ditar as regras".
"São os atos dos homens ao longo dos séculos que pouco a pouco os destruirão".
"O tempo é um círculo que gira sem fim".
"O presente é a forma de qualquer vida".

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Beleza Americana


Meio antigo, clássico, vencedor do Oscar... Quase todo mundo já viu esse filme. Eu mesmo já vi 4 vezes! Mas resolvi escrever...

A história nos mostra uma família tipicamente americana que vista a distância parece um modelo a ser seguido, mas vista de perto nota- se que é um pouco desequilibrada. Podemos extrair disso a crise nos valores modernos que colocam a família perfeita no centro do pensamento. A filha está sempre descontente com sua aparência e sua vida. A mãe é o exemplo da pessoa que entrou totalmente na lógica ilusória do capitalismo, dando mais valor as coisas materiais do que as relações humanas. E o pai virou submisso de todos e não ve mais satisfação e felicidade em nada, a não ser na sua masturbação matinal. Já a moça principal se sente uma pessoa comum demais e para se destacar cria uma personagem vadia.

Fora isso ainda tem os vizinhos estranhos! Cada personagem possui um segredo ou um incômodo consigo mesmo que vai sendo revelado ao longo do filme.

A família não representa mais a segurança e a satisfação que deveria representar. Ninguém suporta mais a convivência do outro. As relações humanas se tornam impossíveis porque as pessoas são conformadas, ou fúteis... Todos vivem entediados e para tentar sobreviver criam um personagem. A vida cai numa rotina e ninguém mais consegue se libertar.

Existem sociólogos que chamam esse esvaziamento de sentido da vida de PÓS MODERNIDADE.


Será que desaprendemos a ser nós mesmos? Até que ponto estamos fingindo ser quem não somos?


O diretor Sam Mendes está de parabéns por esse filme que permite tantas reflexões sobre os valores e o comportamento humano.

Divã


Apesar de ser um filme Globo é muito bom. As piadas as as vezes parecem muito pastelão, mas refletem bem o universo feminino. Trata das relações humanas e suas complexidades também. Fala sobre amor de maneira não piegas e dos dramas de tantos anos de casamento. Lilia Cabral está ótima no papel! Uma típica batalhadora,intensa, forte, com um casamento rotina e ansiosa por novidades e novas emoções. Ela mostra que a vida é para ser vivida com intensidade e sem medo de ser feliz! Mostra que as mudanças podem ser boas e que não devemos ter preconceitos e nem medo de ousar.

José Alvarenga Jr., o diretor, diz que os brasileiros estão precisando e sentindo falta de comédias nacionais. Ele não está errado. Ficar vendo a espetacularização da violência, do crime e das favelas, uma hora cansa. Vira mesmice.

"Nós nos amamos, mas não nos queremos mais".

"Uns não tem mãe, uns não tem pai, uns não tem um grande amor... Cada um com suas irrealizações".

Escrever sobre Cultura leva a alienação? DIVAGAÇÕES...

Essa pergunta foi feita para mim em outros termos numa aula. Passei então a refletir sobre o assunto... O mundo está um caos! Existem milhares passando fome, milhares que não têm acesso a saúde, a educação e a uma vida digna e eu estou aqui escrevendo sobre filmes!

O jornalismo, bem como todas as áreas, necessitam cada vez mais de especialistas. Portanto, quando eu for uma jornalista-oficial, terei que dedicar a maior parte do meu tempo a algum aspecto da cultura. Será que isso me impediria de conhecer o mundo melhor? Gostaria de acreditar que não. Que conseguirei encaixar n meu dia tempo para me interar nos assuntos mundias.



O maior problema do ser humano é não dar devida importância as coisas. Somos tão bombardeados de notícias ruins que nos conformamos com tudo que é tragédia. O conformismo reduz nossa força. COMO PODEMOS MUDAR O MUNDO SE NÃO TEMOS MAIS FORÇA?



Precisamos mudar nossa mentalidade e nossos valores para tentar garantir um mundo mais justo... Mas afinal, será que o mundo justo é uma utopia?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Elisabeth e Elisabeth- A Era de Ouro


Uma das rainhas mais pulso firme que a Inglaterra já teve. Manteve- se 45 anos no poder e por conta da sua proteção a pirataria, o país acumulou muitas riquezas. Muitos quiseram tirá- la do trono por ser protestante, mas com sua inteligência e força permaneceu no poder.
Muito bom o filme, com uma trilha sonora gostosa de ouvir. Claro que nesse tipo de produção nunca sabemos o lado humano dos personagens principais e só o lado divino. Ela é traçada como justa, bondosa que fez tudo para seu povo. Possivelmente as coisas não foram assim tão românticas.

Mesmo assim o diretor Shekar Kapoor está de parabéns!

Um Beijo Roubado


Filme muito singelo mostranso que cada um tem seu tempo para se relacionar. Uma história em que ficamos realmente torcendo pelo casal. Nada de pieguices românticas, apenas a complexidade do envolvimento.

"As vezes o sentimento simplesmente acaba"

O diretor Wong Kar-Wai soube muito bem levar a história.
Sua filmografia: http://www.adorocinema.com/personalidades/diretores/wong-kar-wai/corpo.asp

terça-feira, 14 de abril de 2009

Scoop- O grande Furo


Woody Allen fazendo um bom trabalho mais uma vez. Esse filme conta a história de uma estudante de Jornalismo que está obcecada por um furo. O problema é que ela se envolve com o homem que está ligado a matéria. Carregado de ironias como sempre, o filme usa do absurdo para representar essa obsessão jornalística.

Interpretado pela Scarlett Johansson e pelo Hugh Jackman. Ela provando que sabe muito bem atuar e ele mostrando que não precisa ser Wolwerine para sempre.
E como o Woody gosta de aparecer, ele atua nesse filme como ajudante da estudante a conseguir o furo.


O que fica é: será que essa obsessão pelo furo não é exagero demais?

Woody Allen fez filmes como: Matchpoint, Vicky Cristina Barcelona, Melinda e Melinda, Desconstruindo Harry, entre outros.
http://www.adorocinema.com/personalidades/diretores/woody-allen/corpo.asp

domingo, 12 de abril de 2009

Wall-E


Animação que mostra um mundo caótico em que geramos tanto lixo que impedimos qualquer tipo de vida no planeta. Os humanos passam a viver em um cruzeiro espacial absolutamente dependentes da tecnologia e totalmente obesos, sedentários e sem nenhuma mobilidade. Nesse meio tempo robôs são enviados para reciclar o lixo produzido na Terra. A pergunta que não quer calar é se esse futuro é mesmo tão inconcebível assim. De maneira simples e direta o diretorAndrew Stanton conseguiu passar a mensagem que queria para pessoas de todas as idades. Resta saber se iso serviu para conscientizar.

Andrew Santon participou de muitas animações como diretor, produtor e roteirista : http://epipoca.uol.com.br/gente_detalhes.php?idg=55073


Por que será que fomos tão inconsequentes em relação ao planeta? Por que pensamos que os seres humanos eram superiores a qualquer espécie?

sábado, 11 de abril de 2009

A CRISE E A CULTURA

Por muitos meses falou- se que a crise não atingiria o Brasil porque nossa economia era forte. E se atingisse nós rapidamente nos recuperaríamos. Enquanto isso cada dia mais pessoas perdiam seus empregos e tentavam fazer acordos desvantajosos com seus empregadores. Milhares de manifestações foram feitas para protestar contra os efeitos da crise. Até que finalmente resolveram assumir que tínhamos problemas.

O maior problema é que com o crash da bolsa de New York em 1929, o Brasil foi o único país que saiu praticamente ileso da crise. Isso porque naquela época existia uma política de queima de café que acabava com os excedentes, mantendo empregos e deixando a economia girar. Por isso criou- se a ilusão de que o Brasil sempre se safaria.

Creio que os efeitos da crise possam também ser observados nos cinemas. Os filmes mais "alternativos" ficam pouco tempo em cartaz e não aparecem em todos os cinemas que fariam parte desse circuito não massificado. O HSBC Belas Artes intercala vários filmes e alguns ficam com sessões em péssimos horários. Enfim, precisa ser muito ingênuo para não perceber que nossa situação não está muito boa. Tudo isso nos leva a concluir que estar entre as 20 maiores economias do planeta não significa muita coisa.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Quem quer ser um milionário?


Muito se falou sobre esse filme porque ele ganhou o Oscar. Hoje fui ver e saí com a sensação de que Hollywood está na Índia. Ele é altamente apelativo com cenas de miséria e tem um final feliz digno de um verdadeiro conto de fadas. É até divertido quando não é nojento. Vale pela trilha sonora diferente. Não merecia um Oscar... Existem produções muito melhores.
Parece que o britânico Danny Boyle queria aproveitar os baixos custos da produção... E pensar que ele já dirigiu bons filmes como "Trainspotting". Dessa vez deixou muito a desejar.

http://www.adorocinema.com/personalidades/diretores/danny-boyle/corpo.asp

Frost/Nixon


Esse fillme é ótimo, tanto para futuros jornalistas quanto para pessoas que não pretendem seguir essa profissão. Ele mostra como devemos ser sempre muito bem informados para conseguirmos uma boa entrevista. E como temos que correr atrás de nossos objetivos mesmo que ninguém acredite na nossa capacidade.
A história é do único jornalista, que na verdade era um apresentador de TV, que conseguiu uma confissão do Nixon publicamente referente ao caso Watergate.
O diretor é o Ron Howard, que dirigiu o "Códido da Vinci", "Uma Mente Brilhante", "Apollo 13", "Grinch", "Cocoon", entre outros.
http://www.adorocinema.com/personalidades/diretores/ron-howard/corpo.asp